terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Alguns dos motivos pelos quais eu acredito em deuses.

Eu li esse texto no blog do irmão Odir Fontoura <a href="http://www.diannusdonemi.com/">Diannus do Nemi</a> e vi que é uma visão e um texto que expressa muito bem o Paganismo e sua crença politeista, eu vi meu caminho naquele texto, ja que eu sou Kemético (Reconstrutor da Religião Egipcia) mais tambem cultuo Deuses de outras culturas como Grega, Romana, Celta e com orgulho vos apresento esse belissimo texto:

Primeiramente porque arte e espiritualidade não precisam ser coisas destoantes. Orar e sacrificar aos deuses antigos é como sentir-se dentro de uma das obras de Waterhouse ou de Poussin, é sentir a beleza de ver um altar com velas e incensos ardendo, de imagens refletidas nele que foram desenhadas pelos maiores gênios da história da humanidade. É poder usar, em minhas orações, trechos da poética milenar de Hesíodo ou Homero, da mesma forma que não encontro problemas conciliar essas palavras que saem da minha boca com as músicas que entram no meu ouvido, que podem ser desde as estações de Vivaldi, dos caprichos de Paganini ou simplesmente a música simples e rústica de batidas de palmas ou do sopro que sai das flautas. 


Segundo porque a Natureza é plural em suas manifestações. É variada em suas espécies e em suas respectivas moradas, de modo que todo o ser vivo, qualquer que ele seja, sempre carregará interna ou externamente características que o diferenciam de outros semelhantes. E se nenhuma manifestação da vida é igual à outra, se nenhuma consciência humana pensa exatamente como a outra, se nenhum fenômeno da natureza age de forma previsível e exatamente igual de outro momento, por que deuses também não poderiam ser plurais, justamente para cada um reinar sobre seu domínio específico, organizando então um cosmos organizado e coerente? 



E ainda que tudo isso, por mais plural que o seja, ainda tenha de compartilhar o mesmo ar ou viver no mesmo planeta ou no mesmo Universo, isso não rompe com o discurso de pluralidade? Não, ao meu ver, pois em última instância não encontrei ninguém que negasse uma Causa Primordial ou um Uno criador. Apenas o que eu encontro são pessoas que crêem que, depois de uma força geradora unificada, existe então a pluralidade, na qual, todos podemos contatar e vivenciar. 



Não acredito que Deus nos tenha feito à Sua imagem e semelhança. O que eu creio é que os homens fazem seus deuses, à sua imagem e semelhança. Eis o porque da riqueza de todas as culturas ao longo da história, que à sua forma, temeram e amaram seus deuses. Deuses que nascem, amadurecem, se transformam e por vezes também morrem. Tal como seus filhos. 



Poderia, então, resumir minha fé em dois pilares essenciais: arte e reconhecimento. Arte por reconhecer a beleza e a feiura em todas as coisas, reconhecimento por ver na pluralidade, expressões de arte.
Fonte: http://www.diannusdonemi.com/




sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Egito - Despertar do Sol

O Egito é um país que vive para o sol e via ele como Deus (Atum-Rá), e Rá nascia todos os dias abençoando todo o Egito e a todos que viviam la com as bençãos do Rio Nilo também que era o rio sagrado para os egípcios trazendo bençãos, alimento, felicidade e prosperidade.
Deus Rá nascia todos os dias sendo o sol no céu, ele entrava em seu Barco Solar após a morte de Apep (Serpente-Monstro do mal e inimigo dos Deuses) que era morto por Seth, e o despertar do sol acontecia e Rá era celebrado por seus sacerdotes em seu templo todos os dias. Todos os Deuses do Egito eram celebrados ao nascer do sol, eu como um servo de Ísis celebro o Despertar de Ísis ao amanhecer.

O Despertar do Sol:

O sol está na escuridão e no mundo subterrâneo, o Egito está escuro e tudo está envolto em trevas, o sacerdote do Deus Rá entra no templo do Deus Rá e irá entrar na Casa do Deus (Casa do Deus é a sala onde está o altar sagrado e onde está o NAOS que é uma arca do santuário decorada de tamanho apropriado para a estátua), o sacerdote olha o sol nascer aos poucos e relembra o Ritual - da - Meia - Noite que foi feito a noite no templo para fechar suas portas para que Rá pudesse dormir e os mistérios de Khepra fosse exaltados, a porta do santuário era fechada e a porta era amarrada com cordas, e colocava-se um lacre de cera ou argila sobre o nó para que pudesse ser quebrado ao amanhecer assim como Apep era morto. O  Alto Sacerdote ao relembrar passado eleva a espada sagrada e quebra a argila da porta do santuário desatando o nó, as velas, lampiões e o fogo sagrado eram acesos em honra ao amanhecer, as oferendas antigas eram retiradas e com partilhadas com que vivia ou dependia do templo. Deus Rá está nascendo ao céu e todos os Deuses celebram a vida, o Alto Sacerdote olha ao céu e ora em voz alta:
Deus Rá
Dua Rá
Iwy Em Hotep!
Eu sou o Alto Sacerdote de vós Deus Rá e venho apresentar-se diante de ti Divindade Sagrada,
Oh Grandioso,
Eu entro em seu templo, em espirito, mente e corpo purificados, tendo passado por Shu e Tefnut seus filhos que me fizeram puros,
Eu sou o Alto Sacerdote (Nome) filho do Antigo Sacerdote,
E vim servir a Vós.

O Alto Sacerdote orava e cantores, entoadores e músicos despertavam a Divindade, a estátua era despertada, refrescada, ungida e vestida acima do NAOS e os sacrifícios e oferendas davam continuidade ao rito sagrado.
O despertar do sol era celebrado todos os dias não só para Rá como para os outros Deuses também, e este era o rito principal do templo e era fechado ao publico, aberto apenas em festividades especiais.
Bom esse texto apresenta o Despertar do Sol no Egito, como eu o vejo e segundo meus estudos de Egiptologia, espero que tenham gostado.

O sol nasce ao amanhecer e traz a benção dos Deuses a nós seres humanos que somos filhos e servos Deles, o rio está abençoado por Osíris e Ísis e transborda com a paz e felicidade que vem de Sothis!