terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Alguns dos motivos pelos quais eu acredito em deuses.

Eu li esse texto no blog do irmão Odir Fontoura <a href="http://www.diannusdonemi.com/">Diannus do Nemi</a> e vi que é uma visão e um texto que expressa muito bem o Paganismo e sua crença politeista, eu vi meu caminho naquele texto, ja que eu sou Kemético (Reconstrutor da Religião Egipcia) mais tambem cultuo Deuses de outras culturas como Grega, Romana, Celta e com orgulho vos apresento esse belissimo texto:

Primeiramente porque arte e espiritualidade não precisam ser coisas destoantes. Orar e sacrificar aos deuses antigos é como sentir-se dentro de uma das obras de Waterhouse ou de Poussin, é sentir a beleza de ver um altar com velas e incensos ardendo, de imagens refletidas nele que foram desenhadas pelos maiores gênios da história da humanidade. É poder usar, em minhas orações, trechos da poética milenar de Hesíodo ou Homero, da mesma forma que não encontro problemas conciliar essas palavras que saem da minha boca com as músicas que entram no meu ouvido, que podem ser desde as estações de Vivaldi, dos caprichos de Paganini ou simplesmente a música simples e rústica de batidas de palmas ou do sopro que sai das flautas. 


Segundo porque a Natureza é plural em suas manifestações. É variada em suas espécies e em suas respectivas moradas, de modo que todo o ser vivo, qualquer que ele seja, sempre carregará interna ou externamente características que o diferenciam de outros semelhantes. E se nenhuma manifestação da vida é igual à outra, se nenhuma consciência humana pensa exatamente como a outra, se nenhum fenômeno da natureza age de forma previsível e exatamente igual de outro momento, por que deuses também não poderiam ser plurais, justamente para cada um reinar sobre seu domínio específico, organizando então um cosmos organizado e coerente? 



E ainda que tudo isso, por mais plural que o seja, ainda tenha de compartilhar o mesmo ar ou viver no mesmo planeta ou no mesmo Universo, isso não rompe com o discurso de pluralidade? Não, ao meu ver, pois em última instância não encontrei ninguém que negasse uma Causa Primordial ou um Uno criador. Apenas o que eu encontro são pessoas que crêem que, depois de uma força geradora unificada, existe então a pluralidade, na qual, todos podemos contatar e vivenciar. 



Não acredito que Deus nos tenha feito à Sua imagem e semelhança. O que eu creio é que os homens fazem seus deuses, à sua imagem e semelhança. Eis o porque da riqueza de todas as culturas ao longo da história, que à sua forma, temeram e amaram seus deuses. Deuses que nascem, amadurecem, se transformam e por vezes também morrem. Tal como seus filhos. 



Poderia, então, resumir minha fé em dois pilares essenciais: arte e reconhecimento. Arte por reconhecer a beleza e a feiura em todas as coisas, reconhecimento por ver na pluralidade, expressões de arte.
Fonte: http://www.diannusdonemi.com/




sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Egito - Despertar do Sol

O Egito é um país que vive para o sol e via ele como Deus (Atum-Rá), e Rá nascia todos os dias abençoando todo o Egito e a todos que viviam la com as bençãos do Rio Nilo também que era o rio sagrado para os egípcios trazendo bençãos, alimento, felicidade e prosperidade.
Deus Rá nascia todos os dias sendo o sol no céu, ele entrava em seu Barco Solar após a morte de Apep (Serpente-Monstro do mal e inimigo dos Deuses) que era morto por Seth, e o despertar do sol acontecia e Rá era celebrado por seus sacerdotes em seu templo todos os dias. Todos os Deuses do Egito eram celebrados ao nascer do sol, eu como um servo de Ísis celebro o Despertar de Ísis ao amanhecer.

O Despertar do Sol:

O sol está na escuridão e no mundo subterrâneo, o Egito está escuro e tudo está envolto em trevas, o sacerdote do Deus Rá entra no templo do Deus Rá e irá entrar na Casa do Deus (Casa do Deus é a sala onde está o altar sagrado e onde está o NAOS que é uma arca do santuário decorada de tamanho apropriado para a estátua), o sacerdote olha o sol nascer aos poucos e relembra o Ritual - da - Meia - Noite que foi feito a noite no templo para fechar suas portas para que Rá pudesse dormir e os mistérios de Khepra fosse exaltados, a porta do santuário era fechada e a porta era amarrada com cordas, e colocava-se um lacre de cera ou argila sobre o nó para que pudesse ser quebrado ao amanhecer assim como Apep era morto. O  Alto Sacerdote ao relembrar passado eleva a espada sagrada e quebra a argila da porta do santuário desatando o nó, as velas, lampiões e o fogo sagrado eram acesos em honra ao amanhecer, as oferendas antigas eram retiradas e com partilhadas com que vivia ou dependia do templo. Deus Rá está nascendo ao céu e todos os Deuses celebram a vida, o Alto Sacerdote olha ao céu e ora em voz alta:
Deus Rá
Dua Rá
Iwy Em Hotep!
Eu sou o Alto Sacerdote de vós Deus Rá e venho apresentar-se diante de ti Divindade Sagrada,
Oh Grandioso,
Eu entro em seu templo, em espirito, mente e corpo purificados, tendo passado por Shu e Tefnut seus filhos que me fizeram puros,
Eu sou o Alto Sacerdote (Nome) filho do Antigo Sacerdote,
E vim servir a Vós.

O Alto Sacerdote orava e cantores, entoadores e músicos despertavam a Divindade, a estátua era despertada, refrescada, ungida e vestida acima do NAOS e os sacrifícios e oferendas davam continuidade ao rito sagrado.
O despertar do sol era celebrado todos os dias não só para Rá como para os outros Deuses também, e este era o rito principal do templo e era fechado ao publico, aberto apenas em festividades especiais.
Bom esse texto apresenta o Despertar do Sol no Egito, como eu o vejo e segundo meus estudos de Egiptologia, espero que tenham gostado.

O sol nasce ao amanhecer e traz a benção dos Deuses a nós seres humanos que somos filhos e servos Deles, o rio está abençoado por Osíris e Ísis e transborda com a paz e felicidade que vem de Sothis!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Xamanismo

Xamanismo é uma religião, espiritualidade, cultura, pratica de cura e filosofia de vida de origem primitiva, que a história diz ter tido origem na Sibéria, sendo o presente do Deus e da Deusa a humanidade, um presente do divino a nós seres humanos.
O Xamanismo é um conjunto de práticas indígenas religiosas, espirituais, mágicas e etno-médicas, herdada de seus ancestrais, esta sabedoria e conhecimento é passado através da Iniciação, que é o Vôo do Xamã ao universo e ao Outro Mundo, que só é realizada através da providência divina.
O Xamanismo tem diversas práticas, as principais são essas:

  • A Busca por estados Alterados de Consciência, Vôo da Alma / Êxtase. O xamã é um especialista e um mestre da viagem estática

  • A capacidade de viajar em espírito assumindo a forma de um animal ou ave ou diretamente através daquilo a que chamaríamos de experiência fora-do-corpo. Este vôo mágico é um dos fundamentos do xamanismo

  • Viagem por mundos paralelos ( Reino dos Espíritos). Mundos invisíveis à realidade ordinária a fim de guiar espíritos e obter conhecimento espiritual.

  • O xamã atua como canal de cura. Tem conhecimento do poder das plantas, pedras, dos espíritos animais e seres da natureza.

  • Devoção à Criação, Sol, Lua, Estrelas. Reconhecimento da presença de Deus em todas as manifestadões do Universo

  • Interação com espíritos da natureza

  • Utilização de instrumentos de poder para induzir ao transe /estados alterados de consciência (tambores, maracás, etc)

  • Conhecimento sobre o fogo

  • Utilização de plantas (purificação, enteógenas, medicinais, magnéticas)

  • Canções de Poder

  • Danças

  • Respiratórios e dietas

  • Contação de histórias, preeleições.


O Xamã é o Iniciado que morre e o seu espirito vai até a Terra (Mundo Subterâneo), e o seu renascimento ocorre através da providência da Deusa Mãe, e o seu renascer se completa com a viajem através dos três mundos (Divino, Intermediário,Subterrâneo). O Xamã é iniciado através de ritos de passagem que são realizados após a vivencia de préssagios que mostram que a pessoa tem permissão divina para se tornar um Xamã, a iniciação é realizada de diversas formas como:

1) vocação espontânea (chamamento ou eleição)
2) transmissão hereditária da profissão xamânica
3) por decisão pessoal ou, mais raramente pela vontade do clã.

A Iniciação do Xamã no caminho é uma morte do corpo físico, para que ele possa renascer espiritualmente, é o ascender da Serpente Kundalini no Xamã que proporciona alcançar outros mundos, essa morte é vivida de diversos modos (muitos Xamãs relatam sentir sua cabeça ser arrancada de seu corpo, outros relatam ter os ossos despedaçados e a dor preenchendo o seu corpo inteiro) está morte proporciona o renascer do Xamã, assim como tudo na natureza nasce, morre e renasce, esta é a Roda da Vida que gira eternamente no universo, e o Xamã é o feiticeiro dançarino que dança ao som da vida, morte e renascimento, a prática do Xamanismo é uma dança com o mistério da vida.
O Xamã é a pessoa que faz a ponte entre o mundo físico e o espiritual, trazendo a sabedoria dos espíritos, o conhecimento da vida e de seus mistérios, assim como práticas para o beneficio próprio e do clã, sendo assim um homem que tem o respeito de todos ao redor pela sua experiência espiritual que nao é apenas um título mais sim reconhecida por todos, nao existe autoploclamacao no xamanismo.
O Xamã é um pai, mãe, sacerdote, bruxo, feiticeiro, curandeiro, conhecedor dos mistérios é aquele que está em frente de todos na tribo mais que mantem o amor, paz e humildade em seu coração e em sua vivencia social com a tribo, ou o clã. O Xamã vive a devoção a natureza para se religar ao Pai Céu e a Mãe Terra (Ísis, Astarte, Diana, Hécate, Deméter, Kali, Inana, Pachamama, etc...), o amor para que a sabedoria possa ser compartilhada com todos que precisam, a paz para que possa alcançar a divindade, e a humildade que todo avô tem com seus netos.
O Xamanismo abraça toda humanidade, e está alem da raça, cor, religião, etnia, cultura e crença dos seres humanos, é uma pratica que pode ser adaptada por qualquer pessoa que queria ter um espiritualidade mais ligada a natureza e aos seus ciclos, é um legado da humanidade que pertencem a todos, nao precisa ser um Xamã para praticar o Xamanismo, ja que a Deusa Mãe abraca a todos, e todos somos seus filhos.

Viver a vida como um Xamã é vôar como uma águia sobre o sol e todo o universo e alcancar o outro mundo, trazendo a benção, sabedoria, conhecimento e amor no coração para que ele possa ser o sol interno que brilha dentro de si e que ilumina o caminho da vida que compartilhamos com todos, pois todos somos irmãos e filhos da Deusa Mãe.


Que os Deuses Abençoe a Todos!

domingo, 27 de novembro de 2011

Paganismo

Paganismo (do latim paganus, que significa "habitante do campo", "rústico"[1]) é um termo geral, normalmente usado para se referir a tradições religiosas politeístas.
É usado principalmente em um contexto histórico, referindo-se a mitologia greco-romana, bem como as tradições politeístas da Europa e do Norte da África antes da cristianização. Num sentido mais amplo, seu significado estende-se às religiões contemporâneas, que incluem a maioria das religiões orientais e as tradições indígenas das Américas, da Ásia Central, Austrália e África, bem como às religiões étnicas não-abraâmicas em geral. Definições mais estreitas não incluem nenhuma das religiões mundiais e restringem o termo às correntes locais ou rurais que não são organizadas como religiões civis. Uma característica das tradições pagãs é a ausência de proselitismo e a presença de uma mitologia viva, que explica a prática religiosa.
Na perspectiva cristã, o termo foi historicamente usado para englobar todas as religiões não-abraâmicas. O termo "pagão" é uma adaptação cristã do "gentio" do judaísmo e, como tal, tem um viés abraâmico inerente, com todas as conotações pejorativas entre o monoteísmo ocidental, comparáveis aos pagãos e infiéis também conhecidos como kafir (كافر) e mushrik no Islã. O historiador Peter Brown observa:
A adoção da palavra latina paganus pelos cristãos como um termo pejorativo abrangente para politeístas, representa uma vitória imprevista e, singularmente, de longa duração de um grupo religioso, com o uso de uma gíria do latim originalmente desprovida de significado religioso. A evolução ocorreu apenas no Ocidente latino e em conexão com a igreja latina. Em outra parte, "heleno" ou "gentios" (ethnikos) manteve-se a palavra "pagão"; e paganos continuou como um termo puramente secular, com toques de inferioridade.[5]
Por esta razão, etnólogos evitam o termo "paganismo", por seus significados incertos e variados, referindo-se à fé tradicional ou histórica, preferindo categorias mais precisas, tais como o politeísmo, xamanismo, panteísmo ou animismo.
Desde o século XX, os termos "pagão" ou "paganismo" tornaram-se amplamente utilizados como uma auto-designação por adeptos do neopaganismo. Como tal, vários estudiosos modernos têm começado a aplicar o termo de três grupos distintos de crenças: politeísmo histórico (como a mitologia celta e o paganismo nórdico), religiões indígenas, folclóricas e étnicas (como a religião tradicional chinesa e as religiões tradicionais africanas) e o neopaganismo (como a wicca, o reconstrucionismo helénico e o neopaganismo germânico).

Etimologia

A palavra pagão provém do latim paganus, cujo significado é o de uma pessoa que viveu numa aldeia, num dado país, um rústico. O uso mais comum da palavra no latim clássico era utilizado para designar um civil, alguém que não era um soldado. Em torno do século IV, o termo paganus começou a ser utilizado entre os cristãos no Império Romano, para se referir a uma pessoa que não era um cristão e que ainda acreditava nos antigos deuses romanos.
Os estudiosos ofertam três explicações para a utilização da palavra. A primeira é que a população cristã era geralmente concentrada nas cidades de Roma e Constantinopla, enquanto as pessoas das áreas rurais - os pagani - geralmente eram adeptos da "velha religião", adorando Júpiter e Apolo em vez de Cristo. Orosius Histories 1. Prol. "Ex locorum agrestium compitis et pagis pagani vocantur." A segunda possível explicação é a de que os cristãos referiam-se a si próprios como milites - soldados de Cristo; e chamavam os não-cristãos de pagani - os civis. Uma terceira explicação é que paganus pode significar simplesmente um estranho, não parte da comunidade, e os primeiros cristãos utilizavam essa palavra desta maneira.
Paganus passado em eclesiástico latino, quando chegou ao longo do tempo para se referir à fiel de qualquer religião que não sejam o cristianismo.
Nos estudos académicos acerca do Paganismo, têm sido discriminados alguns conceitos de referência:
Paleopaganismo
Incluem-se neste conceito as religiões do antigo Egipto, do mundo greco-romano da Antiguidade Clássica, a antiga religião dos celtas (Druidismo), a religião Norse ou mitologia nórdica, Mitraísmo, bem como as religiões das populações Nativo-americanos, como a religião Asteca, etc.

Religiosidade

Dos pontos comuns a todas as sociedades da Cultura Pagã, surgem as características das religiões pagãs, ou seja, dos esquemas que dão forma e concretude à espiritualidade pagã. Talvez possamos listar, com pouca margem de erros, as seguintes:
  • Talvez a principal característica da religiosidade pagã seja a radical imanência divina, ou seja, a divindade se encontra na própria Natureza (o que inclui os humanos), manifestando-se através dos seus fenómenos.
  • A ausência da noção de pecado, inferno e mal absoluto. Como a relação com os deuses é sempre pessoal e directa, a ideia de uma afronta à divindade é tratada também pessoalmente, ou seja, entre o cidadão e a Divindade ofendida. Assim, sem noção de pecado, também não há noção de santidade ou do profano.
  • A sacralidade da Terra também levou à ausência de templos, o que, no entanto, não impede a noção de Sítios Sagrados, em geral bosques, poços ou montanhas. Templos Pagãos são um desenvolvimento muito posterior.
  • A imanência dos deuses e a ideologia da ancestralidade divina, confere à divindade características antropomórficas e as relações tendem a ser estreitadas ao longo da vivência religiosa.
  • O calendário religioso se confunde com o calendário sazonal e agrícola, o que lhe confere um carácter de fertilidade. Portanto, as festividades acontecem nos momentos de mudança e auge de ciclos naturais.
  • Essas relações pessoais humanos/deuses, leva à ausência de dogmatismos ou estruturas religiosas padronizadas, havendo, pois, uma grande liberdade de culto: cada cidadão tem liberdade de cultuar dos Deuses em sua casa, da forma que desejarem. Basicamente, é uma religiosidade doméstica ou de pequenos grupos com laços de sangue ou de compromisso. No entanto, os Grandes Festivais são sempre rituais comunitários, pois comprometem todos os membros da comunidade.
  • A relação mágica com a Natureza obviamente se traduz numa religiosidade mágica, isto é, a espiritualidade pode ser atingida pela manipulação da carne e dos elementos, através do corpo e da manipulação da natureza, os chamados "feitiços".
  • A divindade sendo representada no mundo terreno torna as religiões pagãs em religiões de menor conflito interior, ou seja, que não pregam a necessidade de se dominar ou conter impulsos ou pulsões naturais, mas deixá-las fluir livremente, sem culpa. Por isso, também são religiões intuitivas, corporais e emocionais. Em geral, os pagãos valorizam mais a vivência da religiosidade pelo corpo, com ausência da noção metafísica platônico-socrática e judaico-cristã de corpo x espírito.
  • O respeito aos ancestrais e o tradicionalismo que isso implica, faz das religiões pagãs uma experiência de continuidade do egrégora ancestral, ou seja, a repetição dos mesmos ritos, na mesma época, cria a união mística com todos aqueles que já celebraram antes. Nesse momento, o tempo é rompido e se estabelece uma relação mágica com ele também: a repetição do rito torna presente o momento primitivo da sua realização e todos aqueles que, ao longo dos séculos, dele tenham participado.
  • A perspectiva cíclica do tempo dá a certeza do eterno retorno. Embora alguns povos tenham desenvolvido a ideia de um "Outro Mundo", a vida pós-morte nunca foi um ideal Pagão, pois isso significaria ficar fora do ciclo e, portanto, da comunidade. Assim, o "Outro Mundo" (para aqueles que desenvolveram essa ideia) será apenas uma passagem entre uma vida e o renascimento. O encontro com a Deidade se dá sempre na comunhão com a Natureza, e não no Outro Mundo.
Obviamente, diferentes povos da Cultura Pagã desenvolveram suas liturgias e costumes religiosos típicos, locais e ancestrais, o que pode aparecer como diferenças entre religiões. No entanto, essas características básicas permanecem, pois são típicas do Paganismo.

Cultura

Na Europa há um tronco da religiosidade pagã, com as suas ramificações germânicas e célticas, que se mostra linear quanto a algumas características:
  • A sua raiz paleolítica, dos tempos de grupos nomadas de caçadores-colectores, a principal característica é uma forte ligação à terra, à Natureza, tida como sagrada e viva.
  • A sua origem matriarca, há um sentimento de corresponsabilidade entre todos os membros da comunidade, ligados por laços de parentesco a uma ancestral comum.
  • Esse sentimento de ancestralidade é partilhado também com a Natureza e particularmente com os seres vivos, levando a um fundamental respeito a todas as formas de vida e existência.
  • Por isso, a cultura Pagã tem uma relação mágica com a Natureza.
  • Noção cíclica do tempo, a partir da ciclicidade dos fenômenos naturais (estações do ano, lunação, movimentos do sol, etc), em contraste à noção linear das culturas de matriz abraâmica.
  • O consequente sentimento de profunda responsabilidade e parceria com a Natureza, tornando os humanos corresponsáveis pela continuidade do círculo.
  • O que, por outro lado, também leva a um profundo respeito pelos antepassados, que sacrificaram suas vidas para que a comunidade continue a existir.
  • Desenvolvimento de uma medicina natural, baseada nas qualidades curativas das ervas, e xamânica, baseada no poder fértil da Natureza e na relação mágica com a realidade.
Havendo uma enorme diversidade entre as muitas religiões pagãs no mundo, estas características ilustram apenas as mais significativas ramificações europeias.

Neopaganismo

O Neopaganismo inclui religiões reconstruídas como o reconstrucionismo do Politeísmo Helênico, Celta ou Germânico, bem como modernas tradições ecléticas como Discordianismo, ou Wicca e suas muitas correntes.
Muitas dessas "reconstruções", como o Wicca e Neo-druidismo em particular, têm suas raízes no Romantismo do século XIX e reter os elementos visíveis do ocultismo ou teosofia que estavam em curso, então, que os distingue religião e folclore histórico rural (paganus).
Nos Estados Unidos estão cerca de um terço de todos os neopagãos em todo o mundo, representando cerca de 0,2% da população do país, figurando como a sexta maior denominação não-cristã, depois do judaísmo (1,4%), islamismo (0,6%), budismo (0,5%), hinduísmo (0,3%) e o Unitário-Universalismo (0,3%).
Na Islândia, os membros do grupo neopagão Ásatrúarfélagið representam 0,4% da população total do país. Na Lituânia, muitas pessoas Romuva, uma versão reconstruída da religião pré-cristã do país. A Lituânia foi uma das últimas áreas da Europa a ser cristianizada.
Há uma série de autores neopagãos que analisaram a relação dos movimentos reconstrucionistas do século XX com o politeísmo histórico e com as tradições contemporâneas de religião e folclore indígena. Isaac Bonewits introduz uma terminologia para fazer essa distinção:
  • Paleopaganismo: Um retrônimo cunhado para contrastar com o "neopaganismo"; é o "politeísmo original, centradas em fés da natureza", como a religão grega pré-helênica e a religião romana pré-império, o período da mitologia nórdica pré-migração, tal como descrito por Tácito ou o politeísmo celta como descrito por Júlio César. Entre os movimentos que permanecem entre as "grandes religiões", Bonewits aponta o hinduísmo paleopagão, tal como existia antes da invasão islâmica da Índia, o xintoísmo e o taoísmo.
  • Mesopaganismo: um grupo que é, ou foi, significativamente influenciado pela visão de mundo monoteísta, dualista, ou não-teísta, mas foi capaz de manter uma independência de práticas religiosas. Este grupo inclui os aborígenes americanos, bem como os aborígenes australianos, o paganismo nórdico da Era Viking e a espiritualidade da Nova Era. As influências incluem: Maçonaria, Rosacrucianismo, Teosofia, Espiritismo e as muitas crenças afro-diaspóricas, como o Vodou haitiano, religião Santeria e Espiritu. Isaac Bonewits inclui Wicca Tradicional Britânica nesta subdivisão.
  • Neopaganismo: um movimento do povo moderno para reanimar o culto da natureza, as religiões pré-cristãs ou outros caminhos espirituais baseados na natureza. Esta definição pode incluir qualquer movimento na escala do reconstrucionismo em uma extremidade, até grupos não-reconstrucionistas, como o Neo-druidismo e a Wicca, na outra.
Prudence Jones e Nigel Pennick em seu livro "História da Europa Pagã" (1995) classifica "as religiões pagãs" pelas seguintes características:
  • Politeísmo: religiões pagãs que reconhecem uma pluralidade de seres divinos, que podem ou não podem ser considerados aspectos de uma unidade básica;
  • "Baseado na natureza": as religiões pagãs que têm uma noção da divindade da natureza, que eles vêem como uma manifestação do divino, não como a criação do "caído" encontrado na cosmologia dualista.
  • "Sagrado feminino": religiões pagãs que reconhecem "o princípio feminino divino", identificado como "Deusa" (em oposição a deusas individuais), além ou no lugar do princípio divino masculino, expressa no Deus abraâmico.
Eu sou o Tiago estudo e pratico o Ocultismo (Teosofia, Hermetismo, Cabala, Gnosticismo, Budismo, Paganismo, Wicca, Bruxaria). E sigo o Paganismo e estudo e pratico Xamanismo, sou politeísta, e sigo principalmente a Religião Egípcia, a qual nomeio de kemetismo centrando o culto na Deusa Ísis no qual eu sou filho e aprendiz em seu Sacerdócio.
Eu iniciei no Antigo Caminho com o estudo e prática da Wicca,  eu estudei e pratiquei a 1 ano está religião que foi a base da magia para mim (Creio eu que muitos brasileiros também começaram pela Wicca já que ela é bem difundida em nosso país), seguindo a Wicca esse tempo eu encontrei a Deusa Mãe a qual eu sou filho e tenho orgulho de ser servo que é a Deusa Ísis (Aset), a Deusa dos Dez Mil Nomes que me apresentou a Antiga Religião Egípcia a qual eu sigo hoje, o desperta do sol em minha vida foi através dessa linda Deusa.
Eu oro aos Deuses que estão acima e ao redor de mim, e abro as portas do templo a vós, dou as boas vindas para que vocês possam entrar aqui e que a conversa se inicie, pois este blog foi criado para isso, compartilhamento de vivências, que possamos conversar até o nascer do sol que traga as bênçãos dos Antigos Deuses a nós que somos seus filhos.

Os Deuses Possam Abençoar E Abrir O templo Sagrado A Vós Que Sois Filhos!